domingo, 18 de setembro de 2011

Indignai-vos!



Lendo "O Globo" de hoje, cai num artigo que é a cara do Blog:
Indignai-vos!
Trata-se do senhor Stéphane Hessel, 93 anos, que já sofreu os efeitos da guerra, campos de concentração e que 'deveria' estar quietinho, curtindo a aposentadoria. Mas não. Levantou-se e está inflando multidões. Já até recebeu o apelidado de Che Guevara à francesa.

Alguns trechos: 
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Stéphane Hessel, judeu sobrevivente dos campos de concentração nazistas, herói da resistência francesa durante a segunda guerra mundial e um dos redatores dos direitos humanos.
Num livro de 29 páginas - mas com apenas 13 de texto - sob o título "Indignai-vos!", Hessel provocou uma revolução. Seu livro, que custa apenas 3 euros virou best seller no país e fora dele.
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A ideia do livro veio de uma pequena editora francesa chamada indigene Editions, que abre espaço para excluídos do mundo: Aborígenes da Austrália, índios do EUA, os Maoris das ilhas do Pacífico.
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- Contrariamente ao que se pensa, há uma parte da sociedade que pratica o engajamento, a resistência, o contrapoder. 
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- Temos que saber negociar, nos mobilizarmos, votar nas eleições em homens ou mulheres que possam mudar as coisas - enfatiza.
Hessel sonha com jovens resistindo às injustiças de hoje com o mesmo entusiasmo que ele resistiu aos nazistas. Sua decepção, neste campo, é grande. Os jovens de hoje, queixa-se, estão acomodados num momento inquietante em que já demasiada enfase nas ações das finanças, na especulação e na economia desregulamentada.
- Seria bom que a nova geração comece a protestar. Que se indignem e digam que querem ser parte de uma sociedade harmoniosa.
Muita gente se abstém nas eleições, não se interessa. Num momento em que o barco afunda, é preciso se engajar - prega. 


Bom, esse é o espírito do "Faça suas próprias escolhas"


Indignemos!
Outubro

   

Sábado à noite, saio para procurar um filme interessante. A ideia era assistir "Cortina de fumaça", se não fosse o único na cidade pensar isto. Depois de trocar uma ideia com Moisés, projetista e bilheteiro do cinema, até se propôs  a rodar só para mim, mas seria muito deprê. Decido então, ir para Botafogo, onde conheço 3 cinemas bons e que exibem filmes fora do circuito Hollywoodiano. 
Chegando lá, já vejo no letreiro um que está começando. Bom, melhor do que esperar mais de uma hora para exibição nas outras salas. Compro o ticket só sabendo o nome do filme. Entro na sala e já perdi os trailers , que provavelmente seria o melhor da sessão.
Outubro é mais deprê, do que eu assistindo cortina de fumaça sozinho na Glória. A fotografia, que mostra uma Lima que lembra o Brasil dos anos 80, só que empoeirada,  é o de melhor do filme, mas mesmo assim, mas não achei que valha a pena. Até onde lembro, primeiro filme peruano que assisto.

 Esse então vai para a lista do bonequinho tirando um ronco.

sábado, 17 de setembro de 2011


Lobão - 50 ANOS A MIL


Entrei numa de ler um pouco sobre músicas e músicos e um amigo, que sempre indica bons livros, havia ficado extasiado com este livro. Como um bom curioso não pude deixar de ler... Leia e vire amigo do Lobão irreverente, polêmico, ácido, revolucionário e apaixonado pela música. Mas cuidado...


"A certeza da certeza faz o louco pensar que é Gênio" Lobão.

21 gramas

Um filme que nos faz pensar sobre o peso que tem a tomada de cada decisão em nossas vidas. Nada ligado à "grandes decisões", mas decisões corriqueiras que no fim, sim, mudam de algum modo o decorrer de algum movimento na nossa história. Pois bem, quanto 'pesa o peso' de tudo que nem sequer pensamos em pesar?

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Diversidade, educação e o futuro de uma nação...




Bom, decidi escrever sobre um tema que foi assunto do almoço com os amigos de trabalho.
Entrando em uma discussão sobre diversidade cultural. No meio do assunto comecei a divagar sobre a importância da diversidade na nossa educação, então...

Por um motivo qualquer na conversa, tivemos que definir o que era cultural. Então me lembrei de minhas aulas de sociologia, e de uma definição bem simples do que era "Fato Social" também sinônimo de "Cultural" e podemos dizer que tudo que um indivíduo poderia não fazer se tivesse nascido em outro local. Bom este é um teste fácil para saber se algo é cultural ou não. Eu falo português porque nasci no Brasil, se tivesse nascido Inglaterra, falaria inglês. Ou seja, idioma é cultural ou fato social. E por aí vai.

Mas cade a diversidade?
E é bom deixar claro que existe diversidade, além de só aceitar o casamento entre mesmo sexo. Vai muito além disso. Mas muito mesmo. Já que muitos acham que sabem conviver bem com a diversidade só porque levantam a bandeira do respeito a diversidade dos sexos, mas só conseguem conviver com o mesmo grupo, só porque meu grupo é mais …. mais qualquer coisa. Me desculpem, mas isso está longe de ser conviver com a diversidade. Isto é só uma forma mais cult de isolamento, distânciamento da diversidade. E estou vendo isto todo dia, e parece que cada vez mais. Uma falsa ideia de que deixamos o racismo no passado e hoje aceitamos a diversidade.

Diversidade, considero que está muito mais ligada a capacidade de entender as diferenças culturais. Não necessariamente colocar todas as diferenças dentro do mesmo caldeirão, até porque assim acabaria com as diferenças. Mas saber respeita-las, por mais estranho que nos possa parecer e aceitar que o mais comum para mim pode ser diferente para o meu vizinho. E não só isto, mas também entendê-las sem o preconceitos de nossa própria cultura.

E vejo aqui um dos maiores benefícios advindos da diversidade, que é questionamento a nossa própria cultura. Quebrar tabus e preconceitos que estão tão arraigados que nem mesmo conseguimos enxergar, nem sabíamos que existiam. E o que nos seca assim? Muitas vezes é provocado pelo tal fato social, ou seja, pela visão unilateral formada na nossa própria cultura. Lembro a emoção e náuseas provocadas quando comi e descobri que em um outro local o feijão não é servido temperado com sal e sim agridoce. Como? Feijão doce? Que coisa de doido. Doido se eu pensar que todo mundo tem que fazer o que faço, com os olhos da minha cultura. Bom, entenderam.

Vamos lá, estamos no caminho da libertação.
Libertação das amarras culturais. Libertação do que as outras gerações já deixaram prontas para mim sem que eu pudesse escolher, até porque eu nem sabia que havia outra possibilidade. Até então feijão só poderia ser salgado, e isto era uma verdade irrefutável.
Mas se eu começo a questionar quem colocou o sal no tal do feijão. E porque não açúcar?

Depois disso eu posso começar a questionar outras verdades, desenvolver meu senso crítico. Logo logo estarei a criticar minha própria cultura, ao invés de julgar a outra como diferente e rir dela.
E o dizia mesmo a diversidade? Ser capaz de aceitar o próximo ou sua cultura. Não só porque é lega, mas porque desenvolvi esta habilidade, agora existem mais possibilidades. Não sei se poderei entendê-la, mas pelo menos respeitá-la.

Legal, e a educação?
Se me fosse ensinado sobre diversidade na escola, sobre outras culturas e como respeita-las, seria mais fácil. Só não me recordo se é este tipo de educação que estamos acostumados a ter no Brasil?
Lembro como fui ensinado a decorar.
Decorar tabuada, os mapas, as capitais, as datas. E hoje já não lembro de mais nada.
Somos ótimos em decorar, mas não me ensinaram a entender a diversidade?
Tivemos que aprender na marra, na vida.
Será que não seria ótimo nos ensinar diversidade, não só nas escolas, mas principalmente lá, sim.
Para NÃO começarmos a acreditar, como nossos pais acreditavam, que todos os políticos são corruptos e que não podemos mudar tudo isso. Me lembro claramente, que na minha infância existia a verdade que todos os políticos eram corruptos, que não adiantava votar e que isto nunca ia mudar. Ahhhh cultura. Apesar que, realmente a estatística não ajuda muito a desmentir este tabu, mas será que é isto mesmo? E isto ainda perdura hoje em dia, você acredita?
Será que em todos os países os políticos tem os privilégios que tem aqui? recebem salários tão altos e possuem todas as imunidades? Quase deuses do Olimpo!
Bom, a diversidade me ajudaria a entender isto.
Se além de saber em qual continente fica, por exemplo a Noruega, entender como é o sistema político deles? Será que é igual o nosso? E os políticos são todos corruptos como os nossos?
Bom, vou estudar sobre a Noruega e volto depois....